Homem é preso suspeito por sequestrar mulher em Picos
Nesta terça-feira, 17 de setembro, um homem foi preso em Vera Mendes, a cerca de 70 km de Picos, sob suspeita de ser o mandante do sequestro de Rosana Oliveira. A prisão ocorreu após intensas investigações conduzidas pela Polícia Civil.
Rosana Oliveira foi raptada na noite de quinta-feira (12), quando saía para ir à academia. Ela foi abordada por dois homens e uma mulher, que a forçaram a entrar em um carro. A vítima foi vendada e mantida em cativeiro por quase 24 horas, sem contato com a família e sem exigências de resgate. Durante o sequestro, Rosana foi agredida com uma barra de ferro por se recusar a comer e beber água, temendo ser envenenada.
A delegada Robianne Nunes, da Delegacia de Picos, detalhou que o suspeito preso é considerado o principal mandante do crime. A prisão do homem se deu após uma investigação que revelou seu histórico de violência doméstica e um caso anterior de stalking, pelo qual foi preso em flagrante no início de setembro. Na época, ele foi liberado mediante o pagamento de uma fiança de R$ 7 mil.
A prisão do suspeito é resultado de diligências realizadas pela equipe policial, que coletou provas suficientes para a expedição do mandado de prisão preventiva, concedido pela Justiça. A vítima, em depoimento, relatou ter reconhecido a voz de J.C. de M. Neto durante o cativeiro, o que reforçou os indícios de seu envolvimento no crime.
Rosana no dia do sequestro
O sequestro de Rosana foi denunciado pela família no dia seguinte ao desaparecimento. A Polícia Civil iniciou as buscas e interrogou o ex-companheiro da vítima, que negou qualquer envolvimento. “Após isso, os sequestradores, sabendo da repercussão do caso e que a Polícia estava fazendo diligências, decidiram liberá-la”, explicou a delegada Nunes.
Rosana foi libertada na noite de sexta-feira (13), amarrada e vendada, em um ponto isolado no bairro Canduru, nos limites de Picos. Ela foi encontrada por moradores locais e imediatamente levada à delegacia para prestar depoimento e realizar exames periciais.
A prisão preventiva foi decretada com base nas evidências de autoria e materialidade dos fatos, bem como para garantir a ordem pública e evitar a reiteração de novas práticas criminosas, dada a gravidade do crime e o risco à segurança da vítima e de seus filhos.
A Polícia Civil trabalha para esclarecer os detalhes do sequestro e assegurar que todos os responsáveis sejam devidamente identificados e indiciados, conforme a lei.